Foto: Udesc
Na última terça-feira (04), o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a nova Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCC). O documento ainda passará pelo crivo do Ministério da Educação para ser homologado – sem prazo -, mas a tendência é que isso ocorra e que as mudanças estejam em vigor para o ano letivo de 2022.
A Base Nacional é o conteúdo mínimo que os alunos do Ensino Médio brasileiro devem aprender em sala de aula, claro que de acordo com as limitações de cada município. Tratam-se de diretrizes. 2018 está sendo o primeiro ano que o Brasil define um conteúdo comum para ser ensinado em escolas públicas e privadas.
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Anteriormente, as disciplinas listadas como obrigatórias nos três anos do Ensino Médio por lei eram português, matemática, educação física, artes, sociologia e filosofia. Com a nova regulamentação, apenas português e matemática devem permanecer nos três anos de formação. As demais podem ser diluídas ano a ano ou como for de preferência do sistema de ensino.
A aprovação da BNCC durou quase três anos e meio. O que acabou acarretando em tanta demora foi a reforma do Ensino Médio em 2016, que fez com que duas versões tivessem que ser feitas: uma para o médio e uma para os ensinos infantil e fundamental.
Antes da aprovação da BNCC, o CNE precisou redefinir as diretrizes curriculares, o que foi finalizado em novembro deste ano.
O presidente da comissão da BNCC, Eduardo Deschamps, afirmou que “o trabalho com o estudante do ensino médio não será mais aplicado em disciplinas, mas sim na resolução de problemas”. Mais adiante, explicou qual é a intenção: “Em vez de estudar especificamente uma disciplina de física ou química, eu posso tratar de um problema de matemática e meio ambiente, aplicar os conhecimentos conjugados. A organização [curricular] deixa de ser estanque e passa a ser mais focada no cotidiano”.
“São 4 áreas de conhecimento, sendo que português e matemática terão maior destaque, já que estarão nos 3 anos do Ensino Médio. As outras podem ser tratadas em um, dois ou três, depende da organização do currículo escolar.”
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