Os possíveis temas de redação para os vestibulares de 2019 possuem muita relação com as eleições presidenciais brasileiras de 2018 e com a revolução tecnológica, que vem acontecendo nos últimos anos. Além disso, alguns assuntos, como sustentabilidade e falência do sistema carcerário brasileiro também têm boas chances de aparecer, já que geram debates interessantes entre os alunos.
A sustentabilidade está em discussão nos meios de comunicação, nas grandes empresas, nas escolas, faculdades e no plano de governo de muitos políticos. Com um aquecimento global cada vez mais acelerado e visível, é preciso discutir formas de reduzir lixo, utilizar menos plástico para preservar oceanos, rios e lagos, métodos de reciclagem, menor emissão de poluentes, economia de luz e água, cuidados com as matas, entre outras atitudes.
A invasão de privacidade na internet é um tema sério. Com o advento das novas tecnologias e o aumento considerável de usuários ativos na web, diversas regras e leis vem sendo criadas em vários países nos últimos anos para tentar inibir a prática de invasão de privacidade. Existem vários casos conhecidos da obtenção anti-ética e, provavelmente a partir de agora, ilegal. Um deles foi o da justiça brasileira, que tentou obter informações através do Whatsapp (mas, não conseguiu) e acabou até bloqueando 0 aplicativo por horas. Por esses e outros motivos, não é fácil dizer se há ou não segurança na internet. Até que ponto podemos colocar nossas informações nela, afinal?
Há muitos anos, o tema “bullying” vem aparecendo em televisões, sites, revistas e jornais. Já virou até filme, em vários países. Uma conscientização do assunto, visando alunos, mostrando-os as consequências do ato, as sequelas e por quê não praticar é necessária. Muitas vezes as pessoas podem até se enxergar distantes, porém isso é mais comum do que se pensa.
Com as novas tecnologias, também surgiu o cyberbullying, que nada mais é do que este assédio e essas agressões no ambiente virtual. O grande problema é que como, cada vez mais cedo, os jovens tem acesso à internet, acabam praticando isso com uma frequência ainda maior.
As eleições brasileiras de 2018 foram um marco no quesito “fake news”, assim como as norte-americanas haviam sido dois anos atrás. Não que não existisse a proliferação de notícias falsas antes disso, mas o volume foi muito grandioso e trouxe o assunto novamente à tona. Não foi algo que ocorreu somente para um partido ou candidato. Diversos deputados, senadores e presidenciáveis se beneficiaram de uma fragilidade da população, oferecida pelas redes sociais. Vale destacar que essa eleição foi a primeira que contou com uma legislação para notícias falsas no Brasil e, mesmo assim, o que ocorreu foi uma catástrofe e que evidenciou a imaturidade de boa parte das pessoas com ferramentas de navegação.
A crise da segurança pública no Brasil é uma realidade. A paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo em 2017 levantou isso de forma desastrosa, com assaltos, mortes e uma bagunça talvez nunca vista no país.
No entanto, isso foi apenas a gota d’água. O governo já saberia que em algum momento algo catastrófico assim iria acontecer. O sistema de segurança pública vem sendo criticado por vários setores da sociedade há muitos anos. O aumento da criminalidade, das facções organizadas, do despreparo policial e da falta de políticas públicas efetivas é evidente. Isso tudo gera medo e desconfiança na população e legitima o “valer a pena” do crime para os mal-intencionados. Isso acaba gerando, consecutivamente, outro problema, que é, justamente, o tema abaixo.
A superlotação do sistema carcerário já foi tema de muitos debates, palestras e de vários vestibulares Brasil afora. No entanto, como o problema não para de crescer, o assunto continua em voga. É um buraco muito profundo e complicado de ser resolvido. Existem vários fatores de complicação, como por exemplo: a falta de políticas de ressocialização, que levam os presos a cometerem outros crimes depois de soltos, a forma como são tratados os “pequenos crimes”, o despreparo da polícia e dos agentes penitenciários, a forma como são tratados os presos, ficando em celas com um espaço ridículo, o que gera ainda mais raiva para com os agentes penitenciários, acarretando em rebeliões, outros crimes e ainda mais confusão, etc. Claro que tudo isso é agravado pelo pequeno número de presídios e pelo tamanho reduzido que eles possuem. Enfim, há muito a ser debatido e, por isso, a superlotação e a falência do sistema carcerário brasileiro é um dos assuntos mais frequentes em vestibulares.
A discussão acerca dos refugiados e imigrantes venezuelanos no Brasil é muito grande. Afinal, o país deve oferecer asilo a estes ou negar? Para debater a questão, é preciso entender o contexto. Estima-se que mais de 40.000 venezuelanos partiram rumo a Roraima para fugir da crise de abastecimento de alimentos, do colapso dos serviços públicos e da inflação de 700% do país vizinho. O grande problema é que a cidade não tinha condições de suportar tanta gente assim. Isso causou muita confusão, com pedradas, ataques de bombas, incineração de pertences, perseguição aos refugiados, assaltos, etc. Como o movimento de imigração não foi coordenado, entre os governos, muitos acabaram sendo expulsos pelo Exército, causando discórdia na população brasileira.
Há muito tempo o aborto vem sendo discutido na América Latina. O Senado Argentino até chegou a votar a questão, mas o Congresso do país considerou que a prática ainda deveria ser ilegal. De qualquer forma, o debate é grande. Muita gente acredita que o correto seria que a mulher decidisse sobre o ato, para outros isto abriria um precedente negativo.
Porém, a corrente atual mais forte protesta, devido à morte de muitas mulheres, que não possuem dinheiro para realizar o serviço em clínicas boas, que prestam o serviço de forma ilegal, acabam procurando clínicas clandestinas e, pela falta de higiene ou pelo despreparo para algo tão delicado, morrem durante o procedimento.
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